Dia internacional sem o tabaco

A preço de banana
OMS indica política de preços
e impostos sobre o cigarro
como prioridade no controle do
tabagismo no Brasil


O relatório da missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o Programa Nacional de Controle do Tabagismo é taxativo sobre o preço de derivados de tabaco: o cigarro é barato demais no Brasil. O preço médio do cigarro Classe I era, segundo o IBGE, de R$ 2,64 em janeiro. “A ação sobre impostos deve começar com um aumento imediato sobre as marcas mais baratas. O Governo deveria assumir um compromisso de aumentar substancialmente os preços do cigarro nos próximos anos, por motivo de saúde pública”, recomenda Armando Peruga, da OMS.
Um estudo patrocinado pelo Banco Mundial (BIRD), publicado em 2007, aponta o aumento de preços e o combate mais rigoroso ao comércio ilegal como formas de reduzir o consumo do cigarro. O economista Roberto Iglesias, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e um dos autores do estudo, explica que os preços da maioria dos produtos do tabaco não acompanharam a inflação. Por isso, o preço real do produto, de acordo com as medições do IBGE, está mais baixo. Para corrigir essa discrepância, seria necessário aumentar o valor de impostos sobre o produto.
Segundo o estudo do BIRD, para retornar a preços realistas a curto prazo, seria necessário um aumento de 23% sobre o preço médio de 2005, ou de 118% da taxa média do IPI de 2005. Tendo como base os preços de 2005, isso resultaria num preço médio de varejo de R$ 2,72 (aproximadamente US$ 1,36), o que reduziria o consumo em aproximadamente 11%, ou em torno de 100 cigarros legais per capita por ano.
Paralelamente, é fundamental ampliar o combate ao comércio ilegal e ao contrabando de cigarros.


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